Queda de temperatura faz Operação Inverno bater recorde de atendimentos em Campinas

O aumento expressivo coincide com a frente fria que atingiu a cidade

Ao longo do mês de maio, foram realizados 2.838 atendimentos
6 de Junho de 2025 - 12h41

A quinta semana da Operação Inverno 2025, promovida pela Prefeitura de Campinas, registrou recordes nos atendimentos à população em situação de rua. O aumento expressivo coincide com a frente fria que atingiu a cidade entre os dias 26 de maio e 1º de junho, reforçando a correlação direta entre clima severo e demanda por acolhimento emergencial.

Ao longo do mês de maio, foram realizados 2.838 atendimentos, sendo 2.299 destinados a homens, 374 a mulheres, 125 a pessoas idosas e 40 a pessoas LGBT+. Os dados refletem o esforço ampliado das equipes do programa SOS Rua para oferecer suporte diante das baixas temperaturas.

Entre os destaques da quinta semana, está o número recorde de 37 pessoas idosas acolhidas, o maior da série histórica da Operação. Além disso, o albergue municipal registrou 115 acolhimentos, superando o pico anterior em 17%. Houve apenas uma recusa ao abrigo, o que indica alta adesão às soluções oferecidas.

Cobertores distribuídos
Também foi registrado um aumento significativo na distribuição de cobertores: 1.251 unidades foram entregues somente na última semana — número 35% acima da média histórica de 928 cobertores semanais, e o maior já registrado desde o início da campanha.

“Os recordes registrados nesta semana refletem tanto o agravamento das condições climáticas quanto o esforço das equipes do SOS Rua envolvidas na operação. Nosso compromisso é seguir ampliando a proteção às pessoas em situação de rua, garantindo acolhimento digno e respostas rápidas diante das emergências do inverno”, afirmou Vandecleya Moro, secretária de Desenvolvimento e Assistência Social.

A Operação Inverno segue até 30 de setembro, com ações coordenadas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento e Assistência Social. O objetivo é oferecer proteção, dignidade e segurança à população mais vulnerável durante os meses mais frios do ano, quando o cuidado coletivo se transforma em política pública ativa.